Bacharel em Artes Cênicas pela ECA-USP turma de 1999, Paula Picarelli acumula os ofícios de atriz, produtora, apresentadora e repórter. De 2005 à 2011, apresentou o programa "Entrelinhas", da TV Cultura, em que também fez reportagens e entrevistas com escritores e personalidades ligadas ao mundo dos livros como: Lygia Fagundes Telles, Paulo Autran, Fernando Arrabal, Zé Celso Martinez Corrêa, Antunes Filho, Humberto Werneck, Nuno Ramos, Andres Neuman, Lionel Schiriver, entre outros.

Também integra o elenco e produção do espetáculo Escuro, com direção e dramaturgia de Leonardo Moreira, com as Cias Hiato e Simples, além de atuar nos espetáculos da Cia. Hiato, O Jardim e Ficção.

Em 2007, atuou e produziu o espetáculo Como me Tornei Estúpido, direção de Beth Lopes, dramaturgia de Fernando Bonassi, baseado na obra de Martin Page. A peça contou com a parceria da Embaixada Francesa.

Também atuou e produziu Do que Orlando me Disse, adaptação da obra de Virgínia Woolf, com direção de Georgette Fadel, em 2004.

Formação

Bacharelado em Artes Cênicas
Habilitação em Interpretação Teatral
Escola de Comunicação e Artes - Universidade de São Paulo

Principal Produção Artística

Teatro

"Ficção #6" Paula Picarelli [ribeiro porto] (2012)
Direção Leonardo Moreira.
Texto Paula Picarelli e Leonardo Moreira.

"O Jardim" (2011)
Texto e direção de Leonardo Moreira.

"Escuro" (2009 - 2011)
Texto e direção de Leonardo Moreira.

"Gilda – A Paixão pela Forma" (2007)
Atriz convidada para performance no evento em homenagem à crítica de arte Gilda de Mello e Souza. Vídeo poema de Fernando Fraiha. No Sesc Araraquara.

"Como me tornei Estúpido" (2007)
Atuação e produção do espetáculo, uma adaptação da obra homônima de Martin Page.
Direção de Beth Lopes, dramaturgia de Fernando Bonassi, com a parceria da Embaixada Francesa. Indicação ao prêmio Shell pelo figurino de Theodoro Cochrane.

"Do que Orlando me disse", (2005-2006)
Atuação, produção do espetáculo e livre-adaptação de Orlando de Virgínia Woolf. Espetáculo solo com direção de Georgette Fadel. Teatro Fábrica, Sesc Araraquara, Jaú e Santo André.

"EnCenaAções" (2005)
Sesc Ipiranga, direção de Heron Coelho. Textos: Liberdade, Liberdade, de Millôr Fernandes e Paulo Pontes e Opinião, de Vianninha, Arena Conta Zumbi e Arena Conta Tiradentes, de G. Guarniere, Calabar, Gota Dágua e Ópera do Malandro, de Chico Buarque, 2005.

"Bartolomeu, que será que nele deu?" (2000-2003)
Atuação e produção do espetáculo
Núcleo Bartolomeu de Depoimentos, de Claudia Schapira, direção de Georgette Fadel.
Projetos Viagem Teatral/SESI, Escola Aberta da Secretaria de Cultura Municipal/SP, Jovem Protagonista da Secretaria de Cultura Estadual/SP, 2003.

"Se essa rua...," (1999)
Direção de Tiche Vianna.
-Prêmio: melhor atriz, pesquisa em Commedia dell´Arte- Fest. de Teatro do Centro Oeste/FETECO

"Hanjo" (2000/2001)
De Yukio Mishima, direção de Merle Ivone.

"Bonitinha, mas Ordinária" (1999-2000)
De Nelson Rodrigues, direção de Beth Lopes.

Televisão

"Clássicos" (2012)
Apresentação do programa da TV Cultura, voltado para a música clássica.

"Terceiro Sinal" (2012)
Produção e apresentação de quadro sobre teatro para a Rádio Cultura Brasil.

"Milton Nascimento – Travessias e Paulinho da Viola – Eu Canto Samba" (2012)
Produção e apresentação de especiais de uma hora de duração cada, em comemoração ao aniversário de 70 anos dos músicos, Rádio Cultura Brasil.

“Entrelinhas” (2005 – 2011)
Apresentação e reportagem do programa Entrelinhas, TV Cultura.
A atriz entrevista escritores e personalidades ligadas ao mundo dos livros como: Lygia Fagundes Telles, Paulo Autran, Paulo José, Michel Laub, Zé Celso Martinez Corrêa, Antunes Filho, Mateus Nachtergaele, Walderez de Barros, Bôsco Brasil, Lionel Shriver, Humberto Werneck, Tony Bellotto, entre outros.

“9mm” (2008)
Atuação na série da Fox em parceria com a Moonshot Pictures.
4 episódios x 48 minutos.
Direção: Michael Ruman e Roberto d’Avila.

“Direções” (2007)
Programa em parceria da TV Cultura e do SESC São Paulo, na adaptação do conto As duas histórias, de Felisberto Hérnandez, direção de Beth Lopes.

“Mulheres apaixonadas” (2003-2008)
Telenovela de Manoel Carlos, direção de Ricardo Wadington.
TV Globo. Re-exibição no Vale a pena ver de Novo, 2008.

“Sexualidade, Prazer em Conhecer” (2001-2008)
Apresentação do programa na TV Futura.
Re-exibição TV Cultura, 2008.

Distinções Profissionais

2003
Prêmios: Qualidade Brasil, pela importância social da obra; Vídeo Show, atriz revelação pela atuação na telenovela Mulheres Apaixonadas.

2001
Prêmio Pananco de melhor autor pelo Espetáculo "Bartolomeu, que será que nele deu?".

1999
Prêmio: melhor atriz, pesquisa em Commedia dell´Arte - Fest. de Teatro do Centro Oeste/FETECO. Espetáculo “Se essa rua...”, dramaturgia coletiva, direção de Tiche Vianna, ECA/USP.

"Trabalhando a partir de universo temático bastante pessoal, Leonardo Moreira, não por acaso, faz com que os atores usem seus próprios nomes em cena, consciente, contudo, de que a memória, elemento central em O jardim, implica em acréscimos e subtrações em relação a cada fato evocado. Os atores buscam um registro de voz natural, não representado, e quem melhor parece transitar por essa proposta é Paula Picarelli, que não envereda pela opção óbvia de valorizar o poético das falas. Em meio às criativas soluções de O jardim, vale destacar os figurinos de Theodoro Cochrane, especialmente na solução encontrada para as atrizes, que usam vestidos floridos que delineiam o perfil diferenciado de cada personagem."

Daniel Schenker para Questão de crítica - Revista Eletrônica de críticas e estudos teatro - é doutorando da UniRio e crítico de teatro do Jornal do Commercio e da Isto É / Gente

"Mas o que mais encanta - e encantamento é bem a palavra - são as personagens e seus intérpretes. E não apenas a beleza, mas seus olhares, gestos obcecados, repetitivos, as pequenas tragédias individuais que representam. (...) É um erro, num espetáculo tão flagrantemente coletivo, mas vou apontar o que me marcou mais: o humor de Aline Filócomo, o orgulho constrangido de Luciana Paes e a altivez de Paula Picarelli."

Nelson de Sá, por Escuro.